Diário de um divorciado louco

Um diário, de um divorciado, com noticias, pensamentos, reflexões e tudo que você precisa saber de um "louco" e que pode com certeza melhorar a sua vida! Ou não...

Pesquisar este blog

segunda-feira, 27 de março de 2017

Os relacionamentos do número errado

Os relacionamentos do número errado

Em países como Marrocos, Papua Nova Guiné, Bangladesh e Índia,os homens discam números aleatórios até escutar uma voz feminina

25 mar, 2017
O call center da polícia em Lucknow, no norte da índia, recebe cerca de 700 ligações por dia, a maioria é de mulheres reclamando sobre ligações insististes de homens desconhecidos (Foto: Pixabay)

Existe uma expressão em inglês para aqueles que só conseguem manter um relacionamento virtualmente, seja por mensagem ou ligação. Eles são os “phone Romeos”. Em alguns países como Marrocos, Papua Nova Guiné, Bangladesh e Índia, a tendência vem crescendo, só que com uma abordagem diferente. Os homens discam números aleatórios até escutar uma voz feminina, quando então tentam uma abordagem romântica.

Neste países, a tradicional segregação de gêneros está colidindo com a tecnologia barata. A Índia, por exemplo, está orgulhosa de sua revolução telefônica. As tarifas de chamadas estão entre as mais baratas do mundo. Estima-se que 680 milhões de indianos usem celulares agora.

As reclamações de assédio também aumentaram, mas um número desconhecido dessas ligações está obtendo sucesso, resultando no que uma antropóloga americana vem chamando de “relacionamento do número errado”. Julia Q. Huang, do departamento de antropologia da London School of Economics, escreveu um trabalho sobre esta prática em Bangladesh.

O call center da polícia em Lucknow, no norte da índia, recebe cerca de 700 ligações por dia, a maioria é de mulheres reclamando sobre ligações insistentes de homens desconhecidos. O jornal Hidustan Times disse recentemente que estabelecimentos de recarga de celular estão vendendo os números de mulheres jovens para homens interessados, cobrando 500 rúpias (cerca de R$ 23) por uma “garota bonita” e 50 (cerca de R$ 2,30) por uma comum.

Na cidade indiana de Bangalore, Umakanti Padhan, uma menina de 16 anos, tentou ligar para sua cunhada. Ela errou o número e acabou ligando sem querer para Bulu, que é oito anos mais velho do que ela. Ela desligou, já que em casa, por entrar na puberdade, foi proibida de falar com qualquer homem adulto, incluindo seus irmãos e primos.

Dez minutos depois, Bulu retornou a ligação e disse que tinha gostado da voz dela. Desde então, eles se falam toda noite sobre coisas mundanas como o que comeram ao longo do dia e o que fizeram no trabalho. Já se passaram 11 meses e eles ainda não se viram pessoalmente. “Eu não seis se isso é bom ou ruim, mas eu confio nele. Eu sei que ele não vai me trair”, disse.

A antropóloga disse que conheceu mulheres em Bangladesh que costumam ficar felizes por flertar ao telefone com estranhos e que algumas mantém cinco ou seis contatos deste tipo de uma só vez. Segundo as mulheres, o contato telefônico é mais seguro, porque pressupõe distância física. Além disso, o homem é forçado a ouvi-las.

Segundo Huang, para os homens discar o número errado é como jogar na loteria. Além disso, isso se torna quase um jogo competitivo para ver quem é mais habilidoso em manter uma mulher no telefone.

Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/comportamento/os-relacionamentos-do-numero


Nenhum comentário:

Postar um comentário