Fidelidade não é a base de uma relação
Publicada em Feminino e Além, site parceiro do Tribuna da Bahia por Ana Flávia Lédo-Publicada em 23/07/2016 11:45:42
Segundo informações veiculadas, em breve teremos no mercado um chip contra a traição. Na verdade, são dois chips. Um para ser colocado na vagina e outro no pênis. Depois, basta baixar um aplicativo que notificará a mulher caso o seu parceiro tenha relações sexuais.
O questionamento que deixei em aberto na Tecnomóvel, já que o espaço não cabia tais reflexões, próprias desta coluna, foi: apesar de interessante e criativa, essa ferramenta é mesmo útil? Útil pra quê? Para quem?
A resposta é simples e um verdadeiro clichê sobre relacionamentos, mas, de fato, é o que é.Que tipo de relacionamento é esse no qual você precisa colocar um “rastreador” no seu parceiro?! Ou confia, ou não confia.
A partir do momento que você se presta a colocar um chip no pênis do seu companheiro, já fica mais do que evidente a relação doentia que há entre vocês. Falta tudo nessa relação! Além de faltar confiança, falta autoconfiança e amor próprio.
Precisamos aprender e internalizar uma coisa: não podemos controlar a vida de ninguém, a liberdade é imprescindível para a saúde do relacionamento. Não é sabendo cada passo do seu parceiro que você garantirá sua fidelidade, sua cumplicidade, seu amor.
E o fato de saber o que ele está fazendo, não o impedirá de fazer, impedirá?! E isso vale tanto para homens quanto para mulheres. Controlar a vida do outro é, na minha humilde opinião, mais uma forma de fazer com que ele queira “respirar outros ares”, se é que me entendem… Não sufoque quem está ao seu lado.
Eu sei que, vez ou outra, por mais seguras que sejamos e por mais confiança que tenhamos no parceiro, sim, ficamos com a pulga atrás da orelha. E sim, ficamos alertas a atitudes suspeitas. Mas há uma grande diferença em ficar atenta diante de alguma suspeita e comportar-se como uma louca paranoica.
E há que se levar em consideração também com que frequência essas suspeitas ocorrem, né? Porque se você vive suspeitando da pessoa que está ao seu lado, das duas uma: ou você é muito insegura e fica fantasiando mil coisas, ou, de fato, a pessoa não é digna da sua confiança.
Em se tratando da primeira opção, hora de parar e pensar: “ele realmente me dá motivos para desconfiança?”. Possivelmente não. Então, deixe a insegurança e as dúvidas de lado, afinal, até prova em contrário, todos são inocentes.
Já no que diz respeito à segunda possibilidade,se o cara já te mostrou que não te respeita, que não merece sua confiança, por que continuar com esse relacionamento? Como já falei, o fato de você saber todos os passos dele não vão impedi-lo de fazer o que quer que seja se for isso o que ele deseja.
Não há “antídotos” contra a traição. Infelizmente, até nas relações mais sólidas e harmônicas ela pode acontecer. Os motivos são diversos! E não adianta a gente ficar tentando entender o porquê. No entanto, acredito que a gente pode minimar os riscos. Ou tentar minimizar.
E uma das formas é criando uma relação sem a interferência dessas mil e uma formas de controle. Fidelidade não é a base de uma relação. A gente se preocupa muito com isso. Antes de ser fiel a você, é mais importante que a pessoa seja leal, e a fidelidade é só UMA parte da lealdade.
Mas sobre o “peso” da fidelidade em um relacionamento e a possibilidade de continuá-lo mesmo após uma traição, a gente deixa para a próxima.
Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/2016/07/23/fidelidade-nao-a-base-de-uma-relacao
Segundo informações veiculadas, em breve teremos no mercado um chip contra a traição. Na verdade, são dois chips. Um para ser colocado na vagina e outro no pênis. Depois, basta baixar um aplicativo que notificará a mulher caso o seu parceiro tenha relações sexuais.
O questionamento que deixei em aberto na Tecnomóvel, já que o espaço não cabia tais reflexões, próprias desta coluna, foi: apesar de interessante e criativa, essa ferramenta é mesmo útil? Útil pra quê? Para quem?
A resposta é simples e um verdadeiro clichê sobre relacionamentos, mas, de fato, é o que é.Que tipo de relacionamento é esse no qual você precisa colocar um “rastreador” no seu parceiro?! Ou confia, ou não confia.
A partir do momento que você se presta a colocar um chip no pênis do seu companheiro, já fica mais do que evidente a relação doentia que há entre vocês. Falta tudo nessa relação! Além de faltar confiança, falta autoconfiança e amor próprio.
Precisamos aprender e internalizar uma coisa: não podemos controlar a vida de ninguém, a liberdade é imprescindível para a saúde do relacionamento. Não é sabendo cada passo do seu parceiro que você garantirá sua fidelidade, sua cumplicidade, seu amor.
E o fato de saber o que ele está fazendo, não o impedirá de fazer, impedirá?! E isso vale tanto para homens quanto para mulheres. Controlar a vida do outro é, na minha humilde opinião, mais uma forma de fazer com que ele queira “respirar outros ares”, se é que me entendem… Não sufoque quem está ao seu lado.
Eu sei que, vez ou outra, por mais seguras que sejamos e por mais confiança que tenhamos no parceiro, sim, ficamos com a pulga atrás da orelha. E sim, ficamos alertas a atitudes suspeitas. Mas há uma grande diferença em ficar atenta diante de alguma suspeita e comportar-se como uma louca paranoica.
E há que se levar em consideração também com que frequência essas suspeitas ocorrem, né? Porque se você vive suspeitando da pessoa que está ao seu lado, das duas uma: ou você é muito insegura e fica fantasiando mil coisas, ou, de fato, a pessoa não é digna da sua confiança.
Em se tratando da primeira opção, hora de parar e pensar: “ele realmente me dá motivos para desconfiança?”. Possivelmente não. Então, deixe a insegurança e as dúvidas de lado, afinal, até prova em contrário, todos são inocentes.
Já no que diz respeito à segunda possibilidade,se o cara já te mostrou que não te respeita, que não merece sua confiança, por que continuar com esse relacionamento? Como já falei, o fato de você saber todos os passos dele não vão impedi-lo de fazer o que quer que seja se for isso o que ele deseja.
Não há “antídotos” contra a traição. Infelizmente, até nas relações mais sólidas e harmônicas ela pode acontecer. Os motivos são diversos! E não adianta a gente ficar tentando entender o porquê. No entanto, acredito que a gente pode minimar os riscos. Ou tentar minimizar.
E uma das formas é criando uma relação sem a interferência dessas mil e uma formas de controle. Fidelidade não é a base de uma relação. A gente se preocupa muito com isso. Antes de ser fiel a você, é mais importante que a pessoa seja leal, e a fidelidade é só UMA parte da lealdade.
Mas sobre o “peso” da fidelidade em um relacionamento e a possibilidade de continuá-lo mesmo após uma traição, a gente deixa para a próxima.
Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/2016/07/23/fidelidade-nao-a-base-de-uma-relacao
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